sexta-feira, 9 de novembro de 2007

O Sistema

É claro que uma série escrita pela Fernanda Young é garantia de riso, vide Os Normais.

E foi com esse pensamento que sentei no sofá pra assistir 'O Sistema' na semana passada. Antes de saber quem eram os escritores eu já tinha sentido uma simpatia pelas chamadas da série, mas a confirmação de que valeria a pena sentar no sofá toda sexta às 23h só veio de fato com o primeiro episódio, exibido sexta-feira. E hoje tem mais. :)

Então, fica a dica:

O Sistema, 2º episódio. Globo - 23h.

E a série ainda conta com o fofo do Selton Melo no elenco, gente!

domingo, 7 de outubro de 2007

Corinthians

Paulinho Nogueira

(...)
Ai, Corinthians, cachaça do torcedor.
Colorido em preto e branco, sem preconceito de cor.
Ai, Corinthians, quando és o vencedor,
pobre vira milionário, rindo da própria dor.
--


T
udo é bom demais apenas por existires, Corinthians.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

'Por que a mulher gosta de apanhar'

Christina Autran entrevista Nelson Rodrigues


A polêmica entrevista abaixo, com Nelson Rodrigues, é uma amostra do trabalho da jornalista Christina Autran reunido em "Por que a mulher gosta de apanhar". Esta conversa com o autor rendeu o título do livro, que traz ainda outros personagens fundamentais como Clarice Lispector, Glauber Rocha, Plínio Marcos e Manuel Bandeira, retratados em perfis reveladores realizados entre o final dos anos 60 e o início dos 70. Leia aqui, em primeira mão, trechos do lançamento da editora Nova Fronteira.
09 / 02 / 2007


Nelson Rodrigues é um dos últimos homens na face da Terra a usar suspensórios. Um suspensório velho, fino, elástico, como seu espírito. Simpático e acessível, é baixo, mais para gordo, cabelo ondulado e grisalho, olhos claros (que raramente ficam rútilos), mão de dedos curtos e unhas pequenas. Os dedos da mão direita são manchados de nicotina.

Fuma um cigarro atrás do outro e dificilmente bate a cinza, que deixa acumular até cair sozinha, sujando a roupa malcuidada. Não parece ligar para isto. Fuma Caporal Amarelinho, fazendo render cada cigarro ao máximo. Em uma hora de entrevista, fumou quatro. Pediu para não gravar as pausas.

— O que é uma mulher?

— Bem; eu sempre digo que o ser humano até hoje não se tornou adulto. Todos nós somos meninos. Não importa, evidentemente, a idade. Podemos ter cem anos, noventa, oitenta, e somos meninos. Mas se o ser humano, de uma maneira geral, é criança, muito mais é a mulher. A mulher, mesmo como menina, é imatura além da conta. A mulher se desenvolveu ainda menos do que o homem; é mais menina do que o homem é menino.

Nelson fala pausadamente, quase arrastado, repetindo-se, construindo as frases à medida que desenvolve o raciocínio. Não é gago, mas parece.

— Como pode o homem escrever sobre a mulher se ela é o seu exato oposto, se está onde sua sombra cai, de tal modo que ele está sujeito a confundi-la com sua própria sombra?

— Mas que pergunta profunda...

(É que a frase é de Jung.)

— ...a coisa mais difícil, eu diria mesmo impossível, para o ser humano é a autocrítica. Eu creio que o homem é muito mais indicado, muito mais capaz de falar da mulher do que de si mesmo, porque o homem sabe muito mais da mulher do que a mulher de si mesma. O grande assunto do homem, onde aprofundou uma sabedoria multimilenar, é a mulher.

(...)

Continuamos com Jung, sem informar a Nelson a origem das perguntas:

— O fato de o homem sempre pressupor outra psicologia como sendo igual à sua impede o entendimento exato da psique feminina?

— Não, não impede. Mesmo porque eu acho que, como a mulher é pouco desenvolvida, psicologicamente subdesenvolvida, os seus mistérios são muito menos densos que os masculinos. A complexidade da mulher é, repito, muito mais rala do que se pensa. O seu mistério é um falso mistério, é o cristalino mistério, de uma transparência ideal.

— É certo dizer que a psicologia feminina está fundada no princípio de Eros e a do homem no princípio de Logos?

— Mas você realmente é profunda, hein, meu anjo?

Nelson usa muito as expressões "meu anjo" e "meu coração".

— A mulher só é feliz, só se realiza, só existe como mulher, no amor. Eu até hoje, até hoje não encontrei, fora a moça aqui presente, não encontrei uma mulher da qual pudesse dizer "Eis uma inteligência". Sem nenhum prejuízo para o seu mérito, a mulher é de uma inteligência muito escassa. Muito escassa porque a sua qualidade, a sua qualidade humana, se resolve, se decide noutro plano de vida. Ou melhor dizendo, se resolve através do sentimento.

(...) O que predomina na mulher é o sentimento. O homem pensa, a mulher imita. Toda a vida espiritual da mulher é uma imitação, imitação do pai dela, do homem que ela ama, de autores que ela prefere. Sua capacidade de pensar por si mesma é precaríssima.


— Se a mulher moderna está ciente de que só no estado de amor ela atinge o seu máximo, e se esta consciência a leva à realização de que o amor está acima da lei, é natural que se revolte?

(...)

— Meu coração: em primeiro lugar, a mulher não está ciente disso. E porque não está ciente, porque ignora por burrice, ou finge ignorar, o que também é uma burrice, a mulher paga, a mulher paga justamente pela sua frustração amorosa. Toda mulher que se dedica a qualquer atividade que não seja a sentimental, ela paga por isto com uma neurose profunda. Toda mal-amada é uma neurótica, muitas vezes irremediável.

Nelson fala olhando para a fita, e não na direção do microfone. Não olhou para mim nenhuma vez enquanto respondia. A cinza continua caindo na roupa. Joga o cigarro no chão, em cima do tapete. Fiz menção de apagá-lo e ele antecipou-se, pisando-o.

— Você acredita que o amor pelo homem é uma característica marcante na mulher, e o amor pelas coisas é algo excepcional por não estar de acordo com a sua natureza? (Continuamos insistindo em Jung.)

— Eu acredito. Acredito que a mulher, ela precisa de amor, precisa do homem. Mas ela precisa do homem — isto pode parecer que estou chovendo no óbvio —, mas precisa do homem de uma maneira fundamental. Não precisa do homem. Ela precisa do ser amado. Eu não digo aí do homem apenas a relação física, a relação prática marido/mulher. Eu me refiro, eu me refiro sobretudo a uma relação de amor, amor autêntico, profundo, definitivo e irreversível.

— Você acha que opiniões inconscientes de uma mulher podem irritar o homem a ponto de levá-lo a um clima neurótico?


— Eu acho que a mulher, eu sempre digo que a mulher ideal, é chata. Porque toda mulher realmente feminina é, repito, chata. Quando a mulher tem muito charme, é muito agradável e faz da vida do homem uma delícia, estejamos certos de que sua feminilidade é muito relativa. A mulher verdadeiramente mulher, profundamente mulher, e só mulher, sem nenhum traço de homossexualidade, é, tem de ser, nasceu assim e vai até a morte assim, chata. (Acentuem a palavra "chata", para termos o discurso no tom
exato.)

(...)

— A mulher de hoje está indubitavelmente sofrendo o mesmo processo de transição que o homem?

— Eu acho. O que eu acho é o seguinte: é que a mulher tende ao, eu... Tô gaguejando pra burro, desculpe. Eu acho mulher tá vivendo completamente errada e nunca, e realmente ela nunca foi tão infeliz, nunca experimentou uma angústia, angústia tão forte. Se nós compararmos a mulher de agora, mulher moderna, emancipada, com liberdade sexual, com liberdade econômica, nós verificamos que realmente essa liberdade, essas liberdades, não a faz feliz e, pelo contrário, essas liberdades frustram. É muito difícil encontrar uma mulher feliz, uma equilibrada, uma mulher tranqüila. As mulheres, em geral, vão em massa ao psicanalista porque a psicanálise custa caro e poucas têm capacidade econômica para tratar sua angústia. Mas a verdade é que a mulher moderna já fracassou.


Partindo do ponto básico da filosofia nelson-rodriguiana, perguntei-lhe se a mulher realmente gosta de apanhar.

— Isso é o óbvio ululante (expressão freqüentíssima em Nelson). Evidentemente, quando eu digo que a mulher gosta de apanhar, eu não quero dizer apanhar a toda hora, a todo instante e de todo mundo. Ela gosta de apanhar do ser amado. Mas é claro que, quando eu digo que a mulher gosta de apanhar, eu tô falando — isso é preciso repetir, especificar para evitar confusão —, eu me refiro não a todas as mulheres, somente às normais. Eu digo, e mais uma vez repito, que a neurótica reage.

A mulher deve ser tratada como uma rainha, mas, na relação entre homem e mulher, sempre chega um momento em que a mulher provoca, a mulher testa o sentimento masculino, a mulher procura saber até onde chegaria o homem.

Portal Literal: http://portalliteral.terra.com.br/

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Tudo vai Ficar Bem

Pato Fu


Sei que tudo vai ficar bem
Só não sei se vou ficar também

Eu faço tanta coisa
Pro mundo melhorar
Eu faço de um tudo
Que posso pra ajudar

Eu distribuo amor
Eu curo solidão
Mas peço por favor
Alguém me dê a mão

Sé que todo va a estar bien
Lo qué no sé es se sobreviviré
Sé que todo va a estar bien
Lo qué no sé es se yo me salvaré

Estoy comprometida
El mundo hay que cambiar
Y en esta corta vida
El verbo es ayudar

Yo distribuyo amor
Con toda soledá
Y pido por favor
Que mi tengan piedad

A vida da trabalho
Se lo digo señor
Eu digo pra senhora
La muerte es un horror

Eu luto só por paz
Ajudo meu irmão
Mas sinto que o destino
Quer me jogar no chão

Sé que todo va a estar bien
Lo qué no sé es se sobreviviré
Sé que todo va a estar bien
Lo qué no sé es se yo me salvaré

Sei que tudo vai ficar bem
Só não sei se vou ficar também

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

POLÍTICA E POLITICALHA

DIRCEU KOMMERS



A política afina o espírito humano, educa os povos no conhecimento de si mesmos, desenvolve nos indivíduos a atividade, a coragem, a nobreza, a previsão, a energia, cria, apura e eleva o merecimento.

Não é esse jogo da intriga, da inveja e da incapacidade, a que, entre nós, se deu a alcunha de politicagem. Essa palavra, não há dúvida que rima bem com criadagem e perolagem, afilhadagem e ladroagem, sacagem, lei da vantagem... Mas não tem o mesmo vigor da expressão que seus consoantes. Quem lhe dá o batismo adequado? Politiquice? Politiquismo? Politicaria? Politicagem? Neste último sim, o sufixo pejorativo queima como um ferrete e desperta ao ouvido uma consonância elucidativa. Política e Politicalha não se confundem, não se parem, não se relacionam uma com a outra. Antes; se negam, se excluem, se repulsam mutuamente.

Vejam: enquanto a Política é a arte de gerir o Estado, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas, ou tradições respeitáveis, a Politicalha é a indústria de explorar o benefício de interesses pessoais. Constitui a Política uma função ou um conjunto de funções do organismo nacional: é o exercício normal das forças de uma nação consciente; - e crônica dos povos negligentes e viçosos pela contaminação de parasitas inexoráveis.

A Política é a higiene dos povos de moralidade estragada.

sábado, 8 de setembro de 2007

Set List

Show da Ivete Sangalo - Timbaúba 7/09/2007.


Abalou
(Pausa pra conter os empurrões. Ivete reinicia o show.)
Abalou
Festa
Sorte Grande
Não quero dinheiro
Pererê
Canibal
Empurra empurra
Levada louca

Berimbau Metalizado
Não me conte seus problemas
Não precisa mudar
Ilumina

A galera
Chorando se foi / Preta
Céu da boca
Corazón Partio

Quando a chuva passar
Se eu não te amasse tanto assim / Eu sei que vou te amar
Deixo

Eva / Alô paixão / Beleza rara
País tropical / Arerê

Flor do reggae
Onde você mora?
Frevos de Recife e Olinda
Você não vale nada
Nayambing blues
Ou seja, cerveja
Berimbau Metalizado
Boate da Ivete

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Aqui jaz o NoMínimo


Editores, blogueiros, colunistas, funcionários, colaboradores assíduos ou ocasionais, enfim, todos os nomes abaixo relacionados que ajudaram a criar o site de jornalistas mais querido do Brasil comunicam sua morte súbita neste 29 de junho de 2007, vítima de inanição financeira decorrente do desinteresse quase geral de patrocinadores e anunciantes em sua sobrevida na web. NoMínimo deixa órfãos cerca de 150 mil assinantes entre os mais de 3 milhões de visitantes que, em média, se habituaram a passar por aqui todo mês nos últimos 5 anos. Seus realizadores também sentem muito o triste fim desse espaço livre, democrático e criativo de trabalho, mas se despedem com a sensação de dever cumprido com o jornalismo e a camaradagem que nos une. Foi bom, foi muito bom enquanto durou. Quantos no país têm a oportunidade de tocar seus próprios projetos com prazer, independência e alegria? Aos leitores, nossas desculpas pela falta de talento empreendedor, o que talvez pudesse transformar o site num bom negócio financeiro. Fica para a próxima. Até breve.

Adalberto Moreira Cardoso
Adriana Maximiliano
Aguinaldo Ramos
Alberto Flaksman
Aldir Blanc
Alessandra Simões
Alex Antunes
Alexandre Sant'Anna
Alfredo Ribeiro
Alice Brill
Álvaro Caldas
Ana Beatriz Marin
Ana Maria Bahiana
Ana Regina Nogueira
Anderson Couto
André Arruda
André Corrêa do Lago
André Gardenberg
André Luigi
André Mansur
André Nazareth
André Urani
Andreas Valentin
Anita Carnavale
Antonio Fernando Borges
Antonio Palocci
Armando Freitas Filho
Arthur Dapieve
Augusto Nunes
Barbara Musumeci Soares
Beatriz Resende
Bel Pedrosa
Bruno Garschagen
Bruno Parodi
Bruno Soares
Bruno Veiga
Cacá Diegues
Cândido Grzybowski
Carla Rodrigues
Carlos Alberto Mattos
Carlos Augusto Setti
Carlos Grandin
Cássio Vasconcellos
Cecília Giannetti
Célia Chaim
Célio Dutra
César Cardoso Barroso
Cesar Duarte
Chichico Alkmim
Claudia Andujar
Claudio Edinger
Cláudio Henrique
Clovis Saint-Clair
Conceição Lemes
Cora Ronai
Cristiane Barbieri
Cristiane Costa
Cristina Tardáguila
Daniel De Granville
Daniel Galera
Débora Chaves
Diego Escosteguy
Douglas Mcmillan
Edgar Moura
Edmundo M. Oliveira
Edson Álvares da Costa
Eduardo Escorel
Eduardo Moreira Graça
Eduardo Svezia Torres
Eduardo Valente
Egberto Nogueira
Eliandro Figueira
Elisa Menezes
Elisangela Prado
Marcello Mele
Elizabeth Carvalho
Emerson Couto
Emily Cohen
Ernesto Soto Costa
Eros Almeida
Evandro Teixeira
Fabio Altman
Fabio Paiva Gomes
Fábio Rodrigues
Fátima Pacheco Jordão
Felipe Taborda
Félix Fink
Fernanda Nidecker
Fernando Paulino
Fernando Sarmento de Carvalho
Flavia Fontes
Flavia Martinelli
Flávio Pinheiro
Francisco Foot Hardman
Fred Jordão
Gabriel Ponce de Leon
Gabriela Boeing
Geoffrey Hiller
Georges Leuzinger
Gerald Thomas
Geraldo Mayrink
Gladinston Silvestrini
Goebel Weyne
Guilherme Aquino
Guilherme Coelho
Guilherme Fiuza
Gustavo Malheiros
Guto Bertagnolli
Helio Muniz
Hélio Sussekind
Heloisa Buarque de Hollanda
Isa Pessoa
Italo Moriconi
João Batista Ximenes Braga
João de Lira Cavalcante Neto
João Laet
João Lobo
João Moreira Salles
João Pedroso
João Sant'Anna
João Sayad
João Wady Cury
João Wainer
Joaquim Ferreira dos Santos
Jochen Dietrich
Jorge Felix
José Alencar
José Augusto Pádua
José Bassit
José Castello
José Joacir Araújo Barreto
José Paulo Kupfer
Juan Arias
Julia Sant'Anna
Juliana Vale
Julio Kohl
Kita Pedroza
Leandro Mazzini
Ledio Carmona
Lena Lavinas
Lena Trindade
Leneide Duarte-Plon
Leo Jaime
Leo Martins

Leonardo Aversa
Leonardo Fuhrmann
Leonardo Mancini
Leonardo Pimentel
Liane Thedim
Lobão
Lorenzo Aldé
Luis Carlos Cabral
Luis Esnal
Luís Pimentel
Luiz Alberto Py
Luiz Antonio Ryff
Luiz Braga
Luiz Carlos Barreto
Luiz da Motta
Luiz Eduardo Soares
Luiz Felipe de Alencastro
Luiz Vilela
Marc Ferrez
Marcelo Auler
Marcelo Bortoloti
Marcelo Camacho
Marcelo Dantas
Marcelo Mirisola
Marcelo O. Dantas
Marcelo Silva
Marcelo Tabach
Marcia Carmo
Marco Chiaretti
Marcos Alvito
Marcos Caetano
Marcos Prado
Marcos Ribas de Faria
Marcos Sá Corrêa
Maria da Paz
Maria de Lourdes Melo
Maria Helena Silva Passos
Maria Teresa Citeli
Mariana Filgueiras
Mariana Gadelha
Marina Lemle
Mario Cravo Neto
Mario Sergio Conti
Marta Góes
Martin Kaste
Masao Goto Filho
Mauricio Oliveira
Michael Storper
Mirian Fichtner
Moacyr Andrade
Mônica Yanakiew
Morris Kachani
Nei Lopes
Nelito Fernandes
Nelson Rodrigues
Oscar Cabral
Otávio Dias
Pablo Berrios
Patricia Cornils
Patrícia Gouvea
Patricia Saboia
Paulo André Vieira
Paulo Figueiredo
Paulo Garcez
Paulo Jares
Paulo Lima
Paulo Marcos
Paulo Roberto Pires
Paulo Vasconcellos
Paulo Vitale
Pedro Doria
Pedro Martinelli
Pedro Tinoco
Pojucan
Rafael Carone
Raimundo Carrero
Raquel Zangrandi
Regina Zappa
Renan Cepeda
Renato Lessa
Ricardo A. Setti
Ricardo Arnt
Ricardo Azoury
Ricardo Calil
Ricardo Fasanello
Ricardo Kotscho
Ricardo Labastier
Ricardo Setti
Roberto Benevides
Roberto Kaz
Rodolfo Capeto
Rodrigo Leite
Rodrigo Naves
Rodrigo Terra
Rogério Durst
Rogério Reis
Roldão Arruda
Ronaldo Kohn
Rosa Lima
Rozane Monteiro
Santiago P. Fusco
Serginho Groisman
Sergio Alcides
Sergio Araujo
Sergio Augusto
Sergio Bermudes
Sergio Costa
Sérgio Fonseca
Sergio Pagano
Sérgio Rodrigues
Sergio Sant'Anna
Sergio Sister
Sérgio Zalis
Silvia Pilz
Silvio Essinger
Silvio Ferraz
Simon Schwartzman
Tânia Menai
Tárik de Souza
Tatiana Favaro
Telma Alvarenga
Teresa Citeli
Thais Aguiar
Thiago Barros
Tiago Carvalho
Tiago Petrok
Timoteo Lopes
Tom Cardoso
Toninho Vaz
Tutty Vasques
Vasconcelo Quadros
Villas-Bôas Corrêa
Vinicius Martinelli Jatobá
Vinicius Souza
Vitor Sznejder
Walmor Pamplona
Walter Carvalho
Xico Sá
Xico Silva
Xico Vargas
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sábado, 23 de junho de 2007

LXIX

TALVEZ não ser, é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando o meio-dia
como uma flor azul, sem que caminhes
mais tarde pela névoa e os ladrilhos,

sem essa luz que levas na mão
que talvez outros não verão dourada,
que talvez ninguém soube que crescia
como a origem rubra da rosa,

sem que sejas, enfim, sem que viesses
brusca, incitante, conhecer minha vida,
aragem de roseira, trigo do vento,

e desde então sou porque tu és,
e desde então és, sou e somos
e por amor serei, serás, seremos.


Retirado do livro:
Cem Sonetos de Amor - Pablo Neruda

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Sobre o PAN

Estamos às portas do Pan
por Juca Kfouri

Do Pan dos desatinos, do orçamento estourado quatro vezes.
Porque, segundo as autoridades, o Rio foi preparado para muito mais, para ser sede da Olimpíadas.
Mesmo que não se tenha saneado a baía da Guanabara, a lagoa Rodrigo de Freitas, não se tenha ampliado o metrô nem o transporte de barcas, nada, embora tudo tenha sido prometido.
A chance de o Rio ser sede de uma Olimpíada nos próximos 20 anos é zero.
Mas estamos às portas do Pan.
Relaxe e goze, pois, como diria o..., como diria a...
Afinal, o estupro foi mesmo inevitável.
E a gente gostamos de esporte.
Ainda bem que teremos um maravilhoso torneio de futebol no Engenhão, com a Seleção Brasileira...sub-17.
Felizmente os norte-americanos vêm com seu quinto time de basquete, se tanto, e os argentinos, campeões olímpicos, com o terceiro, se tanto.
Porque o nosso time de basquete também será o segundo, se tanto, já que nenhum dos nossos que jogam na NBA virão.
A vontade que dá é a de seguir no caminho da ironia.
Mas não dá.
Porque o que dá é raiva.
Raiva da chance que o Brasil desperdiça ao não fazer do Pan uma oportunidade de inclusão social por meio do esporte.
Raiva de ver essa cartolagem que nos assola nadar de braçada no dinheiro público e mentir sem pudor.
Houve até quem dissesse (o ministro do Esporte, Orlando Silva) que o planeta estará de olhos voltados para o Rio.
Mas na Europa nem se sabe o que é o Pan.
E nem mesmo em países como Estados Unidos ou Argentina, que dele participam, a competição desperta qualquer interesse.
Que dirá na Ásia, na África, na Oceania!
O Pan era para ser evento nosso, muito nosso, para estimular essa gente bronzeada a entender o valor da prática esportiva.
Uma competição para cidades como Salvador, Recife, Belo Horizonte, Curitiba, Floripa, Porto Alegre, talvez, Brasília.
Jamais para o Rio ou São Paulo.
Vamos viver dias, isto sim, de hipocrisia explícita.
A TV aberta, sócia do Pan e, portanto, absolutamente acrítica em relação aos seus milhões de pecados, exaltará o ouro dos tolos e criará uma expectativa que tornará os Jogos Olímpicos de Pequim, no ano que vem, palco de grande frustração nacional.
Porque os resultados que aqui acontecerão, com raras exceções, se houver, não significarão rigorosamente nada em relação às marcas mundiais.
O Pan, enfim, é um evento menor.
Maior torna-se o escândalo do dinheiro nele investido.
E as CPIs, tanto municipal, quanto estadual e federal, inevitáveis.
Mas devolver o dinheiro do povo que é bom, nem pensar.
Estamos às portas do Pan.
Não é para amá-lo nem deixá-lo, que não somos disso.
Mas deveremos cobrá-lo.
Até o fim.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Marca.Dores do iMPROFÍCUO (Blog)

Os textos do Blog Improfícuo.blogspot estão divididos em 15 categorias (marcadores) conforme a descrição abaixo:

À parte: O livro de Elis
Capítulos dos dias de Maria Elis, principalmente depois dela se tornar uma neurótica querendo recuperar um livro que diz ser seu.

Leia: [À parte]


AFlavis
Aqui vai de Anna Flávia. Eu. Sobre mim. Enfim, o negócio aqui é pessoal, entende?
Leia: AFlavis

Balela Aleatória
Grupo dos 'sem categoria'. O que não se encaixa nos outros marcadores fica aqui. Comentários, Críticas, Preferências, Indicações...

Leia: Balela Aleatória


Boa-vai-ela
Vai desde o filme visto semana passada à preguiça nossa de cada dia. Cabem também os shows, as peças de teatro, as viagens. Coisas boas.

Leia: Boa-vai-ela


Bolas, Balas, Balões
Aniversários, datas especiais, comemorações de todo tipo. Festa!

Leia: Bolas, Balas, Balões



Charges / HQ
Furtos descarados de Charges e Histórias em Quadrinhos que vagam pela web. Não chega a ser um furto, assim furtado, afinal, deixo sempre os créditos e o link para o original, ora pois!

Leia: Charges / HQ



Curtas
Ou 'não é nada, não é nada'. Poucas palavras que formam frases despretensiosas, quase nada mesmo.

Leia: Curtas


IP
"Internet, computadores e outros codificados..." Err.. Sobre blogs, layouts, orkut, google, spam, email etc.

Leia: IP


J.I.
Jornal Improfícuo. Notícias que você, certamente, já leu por aí. Aqui estão com a minha opinião improfícua agregada.

Leia: J.I.


Moléstias Mazelas (sugestão de muito bom gosto da Alice Voll)
Tragédias, crises existências e tudo mais de ruim dessa vida.

Leia: Mazelas

Passa-Quest's
Pega, Passa e Repassa. Correntes de blogueiro para blogueiros, memes, postagens coletivas e afins.

Leia: Quest's

Quatro Linhas
O assunto é: futebol. Dentro e fora das quatro linhas, dos cartolas aos que jogam bola.

Leia: Quatro Linhas


Ritmado
Algum (nem sempre) achado musical, literário, poético. Música para ouvir, para ler e completar a idéia do texto improfícuo. Musicalidade da vida, poesia dos dias.

Leia: Ritmado


Senti.Mentalidades
Tudo, ou quase tudo, sobre meus (quase) relacionamentos.

Leia: Senti.Mentalidades


Seriados em Série
Séries de TV, atuais e canceladas. Vício.

Leia: Seriados em Série